O lar não será mais o mesmo. Nem o real, nem o virtual. Porque, afinal, tudo na vida muda. As palavras, os fatos, os atos, os sonhos (daqueles de guardar no travesseiro ou daqueles da padaria da esquina), a cama, a mesa, o banho, a companhia, os livros, os desejos e anseios.
quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014
ESTEATOSE HEPATICA
A esteatose hepática, também chamada de fígado gorduroso, é uma doença, como próprio nome diz, provocada pelo acúmulo de gordura nas células do fígado.
A esteatose hepática é uma doença geralmente benigna, mas que pode, em certos casos, evoluir para esteato-hepatite, uma forma de hepatite provocada pelo acúmulo de gordura no fígado. A esteato-hepatite é uma forma de acumulação de gordura mais grave que esteatose hepática, pois pode levar, a longo prazo, à destruição do tecido hepático, à formação de cicatrizes no fígado e ao desenvolvimento de cirrose.
Várias são as causas de esteatose hepática e esteato-hepatite, sendo o consumo excessivo de álcool, a obesidade e o diabetes as principais.
Neste artigo iremos abordar apenas o tratamento e a dieta mais recomendada para os pacientes com fígado gorduroso. Para saber mais detalhes sobre a esteatose hepática, incluindo causas, sintomas e meios diagnósticos, acesse o link: ESTEATOSE HEPÁTICA .
História natural da esteatose hepática
A esteatose hepática é um problema que, se não controlado adequadamente, pode evoluir para esteato-hepatite e, posteriormente, para cirrose. Porém, felizmente, só uma minoria dos pacientes com esteatose hepática acaba desenvolvendo cirrose.
Leia também:
CIRROSE HEPÁTICA
SINTOMAS DO FÍGADO
Por ser uma doença silenciosa, que não provoca sintomas, o número exato de pessoas que sofrem acúmulo de gordura no fígado acaba ficando subestimado. Acredita-se que até 1 em cada 3 pessoas possa ter esteatose. A falta de um número exato de pessoas com a doença torna difícil estimar qual o percentual destas acaba evoluindo para cirrose a longo prazo. Em geral, menos de 10% dos pacientes com esteatose acabam evoluindo para esteato-hepatite. Destes, 20% irão evoluir para cirrose.
Portanto, apesar da esteatose ser uma doença benigna na grande maioria dos casos, se não tratada, é possível que a doença evolua de forma desfavorável. Portanto, todo paciente diagnosticado com esteatose hepática e, principalmente, esteato-hepatite deve iniciar tratamento especializado para tentar reverter esse acúmulo de gordura.
Tratamento da esteatose hepática e da esteato-hepatite
Múltiplos tratamentos têm sido investigados para o controle da esteatose hepática. Porém, poucos apresentam resultados cientificamente comprovados. Vamos resumir as principais medidas que podem ser tomadas para tratar a esteatose.
Perda de peso
Leia também:
POR QUE E COMO PERDER BARRIGA
DIETA PARA EMAGRECER
CALORIAS PARA EMAGRECER
A medida mais eficaz para controlar a esteatose hepática é a perda de peso. Estudos mostram que uma redução de apenas 7% no peso corporal pode ser capaz de trazer excelentes resultados. Portanto, uma pessoa obesa ou com sobrepeso, que pesa ao redor de 80 quilos, precisaria perder cerca de 5 quilos para conseguir apresentar regressão do acumulo de gordura hepática.
Em geral, sugerimos a prática de atividade física e um controle do consumo de calorias de
Leia o texto original no site MD.Saúde: DIETA E TRATAMENTO DA ESTEATOSE HEPÁTICA - MD.Saúde http://www.mdsaude.com/2014/02/tratamento-esteatose-hepatica.html#ixzz2uZGpOVJF
AVISO: Ao reproduzir este texto, favor não retirar os links do mesmo.
domingo, 23 de fevereiro de 2014
CIRROSE HEPATICA
O que é a cirrose hepática?
Cirrose é o nome genérico que se dá à patologia que transforma as células originais do tecido de um órgão em tecido fibroso. É um processo cicatricial e acontece em virtude da ação de diversos elementos agressores. Com isso, o órgão perde sua especificidade funcional, porque o tecido fibroso não desempenha qualquer função fisiológica. Geralmente o termo cirrose, sem adjetivação, é utilizado para designar a fibrose do fígado porque esse é, de longe, o tipo mais comum de cirrose.
A cirrose hepática surge devido a um processo crônico e progressivo de inflamações, que resultam numa fibrose difusa, na formação de nódulos, e frequentemente, necrose celular. Esse processo estrangula a circulação do sangue que chega ao fígado através da veia porta (grande tronco venoso que drena o sangue vindo do sistema digestivo para o fígado), provocando um aumento de pressão no interior desta veia e a uma insuficiência hepática progressiva que pode terminar numa falência total do fígado.
Quais são as causas da cirrose hepática?
O álcool é apenas a causa mais conhecida de cirrose hepática, mas toda inflamação que afete o fígado pode levar a ela. Assim, as diversas formas de hepatites, virais ou não, doenças metabólicas, distúrbios vasculares, colangites, insuficiência cardíaca congestiva, insuficiência congênita de ductos intrahepáticos, etc., podem levar a esta condição. Há, também, uma cirrose criptogênica, de causa desconhecida. A cirrose é considerada uma doença terminal do fígado e para ela convergem diversas doenças diferentes, levando a complicações decorrentes da destruição de suas células, da alteração da sua estrutura e do processo inflamatório crônico.
Quais são os sintomas da cirrose hepática?
Durante um bom tempo praticamente não há sintomas, porque a parte saudável do fígado consegue compensar as funções das partes afetadas. Mais tarde podem surgir sinais e sintomas devidos ao aumento de pressão na veia porta, como ascite, esplenomegalia e hemorragia digestiva, entre outros, e de insuficiência hepática, desnutrição, hipoproteinemia, icterícia, ginecomastia, encefalopatia hepática. Outros sintomas podem ocorrer, na dependência do grau de evolução e da natureza da doença como, por exemplo, aranhas vasculares na pele, cãibras, síndrome hepatorrenal, eritema palmar, unhas abauladas em forma de baquetes, fraqueza, adinamia, fadiga, anorexia, náuseas, irregularidades menstruais.
Como o médico diagnostica a cirrose hepática?
O diagnóstico precoce é difícil, porque durante muito tempo a parte sadia do fígado compensa a parte lesada, mas o diagnóstico de cirrose deve ser suspeitado toda vez que existam indícios clínicos e laboratoriais de insuficiência hepática. Na dependência da gravidade da enfermidade esses sinais podem ser muito discretos (como fadiga ou hipoalbuminemia, por exemplo) ou muito intensos (como hemorragias por varizes, por exemplo). Exames de imagem podem ajudar no diagnóstico, mas a confirmação deve ser feita pela biópsia hepática. Quando a cirrose já está estabelecida, as provas de funções hepáticas geralmente são muito alteradas. O médico procurará, também, pela causa da cirrose que, em alguns casos, não conseguirá determinar.
Como é o tratamento da cirrose hepática?
O único tratamento definitivo e eficaz para a cirrose hepática é o transplante de fígado, mas também pode haver melhoras se for possível suspender o agente agressor que tenha originado a doença. E isso porque a capacidade regenerativa do fígado é muito grande: é possível ao órgão perder mais de dois terços da sua estrutura e a porção restante voltar a crescer até praticamente o tamanho normal. É algo semelhante ao que ocorre no transplante, em que o receptor recebe apenas uma porção do fígado do doador, que depois cresce. Como o transplante só está indicado em casos muito graves, nos outros casos deve-se tentar a detecção precoce e o tratamento das complicações, procedendo-se às intervenções necessárias.
Como evolui a cirrose hepática?
Se possível, as doenças que lesam o fígado devem ser tratadas antes que a cirrose se estabeleça. O diagnóstico precoce pode lentificar a progressão da cirrose ou até mesmo impedir o aparecimento dela.
A cirrose instalada causa sérias limitações físicas, alimentares e medicamentosas e pode evoluir para complicações graves como hemorragias digestivas, ascite, encefalopatias etc., e em casos graves pode terminar em morte.
ABC.MED.BR, 2013. Cirrose Hepática: definição, causas, sintomas, diagnóstico, tratamento e evolução. Disponível em: . Acesso em: 23 fev. 2014.
sábado, 22 de fevereiro de 2014
figado gorduroso
FÍGADO GORDUROSO
Doença gordurosa do fígado é o acúmulo de gordura nas células do fígado. É
comum em pessoas com excesso de peso, diabéticos, com níveis de
triglicérides e colesterol elevados, e sedentários.
Possivelmente é doença do fígado que mais frequentemente acomete a
população mundial (30% da população), tanto crianças quanto adultos.
Esteatohepatite não alcoólica - é a fase mais adiantada da doença gordurosa do
fígado, podendo o paciente evoluir para cirrose e câncer do fígado.
Na maioria das vezes é um exame de imagem de rotina (ultrassom, tomografia,
ressonância) que chama a atenção para a possibilidade de existir gordura no
fígado. Este achado não deve ser menosprezado. Cabe ao especialista a
confirmação da existência da doença gordurosa do fígado ou do diagnóstico de
outras patologias que também levam a um maior acúmulo de gordura neste
órgão. Após esse diagnóstico, o paciente deve iniciar o tratamento.
Não podemos esquecer que muitos pacientes que evoluíram para o fracasso do
fígado e ou ao câncer sofriam de doença gordurosa e poderiam ter sido
tratados, com melhores resultados quanto mais precoce o diagnóstico e a
instituição do tratamento.
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014
O PÃNCREAS E A DIABETES
O pâncreas
O pâncreas é o órgão do seu corpo (localizado atrás e ligeiramente
abaixo do estômago) que produz uma hormona chamada insulina.
Uma hormona é uma substância química que é produzida naturalmente
pelo corpo, sendo transportada pelo sangue para um determinado
tecido, no qual exerce um efeito específico.
Nas pessoas com diabetes, o pâncreas deixa de funcionar
adequadamente, pelo que já não é produzida insulina suficiente para
satisfazer as necessidades do seu corpo.
Diabetes: basicamente existem dois tipos
Diabetes tipo 1
Na diabetes tipo 1, o pâncreas deixa de funcionar muito subitamente
em apenas algumas semanas ou menos. Geralmente, as pessoas
desenvolvem diabetes tipo 1 enquanto crianças, adolescentes e ocasionalmente, na fase adulta. Uma vez diagnosticada
a diabetes, as pessoas precisam administrar insulina para o resto das suas vidas.
Diabetes tipo 2
Na diabetes tipo 2, o pâncreas deixa de funcionar mais lentamente e, de um modo geral, esta forma de diabetes é
diagnosticada numa fase mais tardia da vida, embora possa ser diagnosticada em pessoas mais jovens. As pessoas
com diabetes tipo 2, sofrem geralmente, de resistência à insulina.
A resistência à insulina acontece quando o corpo humano deixa de responder adequadamente à insulina que é
produzida. O pâncreas responde à resistência produzindo mais insulina. Mas este trabalho extra faz com que o
pâncreas se esgote e deixe de conseguir funcionar adequadamente.
Quando o pâncreas já não consegue produzir insulina suficiente, as pessoas com diabetes tipo 2 precisam começar
a tomar medicamentos.
quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014
CHA VERDE.
Oriundo da planta Camellia sinensis, a mesma que origina os chás preto e branco, o chá verde tem suas folhas colocadas sob vapor e depois, secas, por isso contém propriedades diferentes. Desta forma previne-se oxidação dos ingredientes e preservam-se os nutrientes. Entre os derivados da erva, esse é o chá mais popular no Brasil e foi alvo de mais estudos do que seus "irmãos". Estima-se que a bebida corresponde entre 80 e 90% da produção de chá chinês, terra natal dessa planta, que hoje é cultivada em todo o mundo.
Há uma lenda na mitologia chinesa para o chá verde. No ano de 2737 a.C, o imperador Shen Nung costumava tomar água fervida para ter longevidade e uma vida mais saudável. Em uma tarde, enquanto ele fervia sua água de sempre, algumas folhas voaram e caíram em seu pote. Ele experimentou e adorou o sabor, batizando esse chá de "bebida dos céus". Para o paladar de hoje, porém, o gosto do chá é considerado amargo.
Não existe uma tabela nutricional oficial do chá verde, pois a variação de nutrientes na folha depende muito da forma como essa erva foi plantada, adubada e tratada. Até a região em que a Camellia sinensis é plantada interfere em sua composição nutricional. Por isso que ao comparar tabelas nutricionais de diferentes marcas de chá verde, você pode encontrar diferenças, já que elas correspondem a todos esses fatores.
Porém, sabe-se que ele é rico em flavonoides chamados catequinas, fitoquímicos responsáveis pela maior parte de suas propriedades para a saúde. O chá também é rico em cafeína, a quantidade pode variar de 10 a 86 mg por folha. A quantidade máxima de chá verde indicada é de 4 xícaras ao dia, ou 600 ml. Mais do que isso é passível de efeitos colaterais.
Benefícios do chá verde
Atua na composição de gorduras do corpo Alguns estudos preliminares apontam que umas das catequinas mais presentes no chá verde, a epigalocatequina galato (EGCG), estimula diversas enzimas que controlam o metabolismo das gorduras, inclusive incentivando a quebra delas. Isso faz com que elas sejam mais bem usadas pelo nosso organismo, não ficando apenas paradas no tecido adiposo. Além de promover o emagrecimento, as pessoas que tomam o chá verde obtém uma melhor composição adiposa no organismo, o que reduz as chances de diversas doenças aparecem, como diabetes e hipertensão. Porém, são necessários mais estudos que comprovem mesmo essa ação.
Saiba mais
Chá de hibisco combate a gordura
Você sabe usar o chá a favor da dieta?
Traz saciedade Outras pesquisas indicam que as catequinas interagem com os receptores da leptina, hormônio relacionado à sensação de saciedade do nosso organismo. Ou seja, o consumo do chá nas quantidades recomendadas evita que você coma mais do que o necessário para seu organismo.
Acelera o metabolismo O chá verde também é conhecido por seu efeito termogênico. Mas ele pode ir além, um artigo publicado em 2011 no jornal científico Obesity Reviews sugere que os polifenois do chá inibem a ação de uma enzima, dessa forma agindo junto com a cafeína, aumentando sua ação de termogênese e a oxidação das gorduras. O primeiro mecanismo faz com que o metabolismo funcione mais rapidamente, o que queima mais energia do nosso corpo, evitando que ela se torne gordura e se acumule. Já o último faz com que a gordura seja utilizada e reduz seu acúmulo também.
É um potente antioxidante As catequinas do chá verde tem o poder de combater os radicais livres em nosso organismo. Por isso mesmo a bebida atua na prevenção e/ou tratamento de doenças crônicas como câncer, doenças cardiovasculares e diabetes, além de ajudarem no antienvelhecimento da pele. Alguns especialistas chegam a mensurar que o poder antioxidante desses nutrientes é maior do que a vitamina C ou E. Um estudo feito na China em 2003, por exemplo, revelou que mulheres que consomem chá verde tem menor risco de adquirirem um câncer de mama.
Combate o colesterol Mais uma vez, o prêmio vai para as catequinas EGCG. Uma pequena fração do colesterol que temos é produzido no corpo, mas a maior parte vem da alimentação. As EGCG reduzem a absorção desse nutriente no nosso intestino, reduzindo assim sua quantidade em nosso corpo. Porém os estudos mostram mais sua ação na redução do LDL, considerado o colesterol ruim, e não no aumento do HDL, o mocinho da história. Além disso, outros polifenois chamados de taninos também estão relacionados a essa redução do LDL, de acordo com alguns estudos.
Melhora o humor Existe um aminoácido no Chá Verde chamado L-teanina que é exclusivo dessa planta e deve consistir em cerca de 2% do seu peso. Quando ele é liberado em nosso corpo, vai para o cérebro e lá aumenta a produção de dopamina e serotonina, neurotransmissores que estão ligados à sensação de bem-estar. Ele também aumenta a produção de ondas alfa no cérebro, o que eleva a sensação de relaxamento, de acordo com um estudo feito no Japão em 2005. Como se tudo isso não bastasse, os flavonoides modulam a noradrenalina, hormônio que também está relacionado com a ansiedade. Por fim, a vitamina C, presente no chá mesmo que em baixas quantidades, atua no hormônio cortisol, que sempre é produzido no corpo em situações de estresse e está envolvida na produção da serotonina. Vale a pena consumir o chá, portanto, com sucos de frutas cítricas.
Otimiza a digestão Mas a ação do chá verde é diferente dos outros chás digestivos, que trabalham aumentando os sucos gástricos! Sua atução nesse processo ocorre, possivelmente, devido a alguns compostos bioativos que ele traz em sua composição, e que estimulam a microbiota do intestino, também conhecida como flora intestinal. Essas bactérias são responsáveis por ajudar no trabalho de digestão, principalmente de algumas vitaminas. Como um benefício extra, estimular as bactérias do organismo também melhora a imunidade.
Protege nossa cognição Ainda não é 100% certo, mas alguns estudos têm demonstrado que o consumo de chá verde pode afastar doenças relacionadas ao declínio da mente, como Alzheimer. Um estudo realizado na Austrália revelou que a bebida pode proteger o cérebro de certos tipos de demência, pois os compostos polifenóis presentes no chá podem apresentar propriedades neuroprotetoras, principalmente contra duas substâncias danosas nessa doença: o peróxido de hidrogênio e uma proteína chamada beta-amiloide. Porém, mais estudos precisam ser feitos antes de darem o veredito final sobre esse benefício.
Compare o chá verde com outros alimentos
Chá verde é rico em catequinas, substâncias antioxidantes
Como não há uma tabela nutricional oficial do chá verde, pois sua composição depende de diversas condições de plantio e terra, é mais difícil comparar os valores nutricionais do chá verde com outros alimentos. Porém, é possível confrontarmos alguns valores e propriedades já conhecidos, confira:
As propriedades digestivas do chá verde são diferentes de qualquer outro chá, como hortelã, menta, hibisco, psilium, cáscara-sagrada, zedoária e fucus. Isso porque, enquanto esses atuam estimulando os sucos gástricos, o chá verde parece melhorar a atividade das bactérias boas do intestino, conhecidas como microbiota intestinal, apesar de não haverem comprovações científicas ainda.
A quantidade de cafeína no chá verde é semelhante ao café. Enquanto o último têm 73 mg de cafeína em 60 ml, bem menos do que uma xícara, o chá verde pode conter até 80 mg do nutriente a cada 150 ml, ou seja, uma xícara de chá. Uma quantidade bem maior, e ainda com a vantagem de trazer outras propriedades benéficas para saúde e um efeito calmante que se equilibra com a cafeína. Porém, lembre-se que consumir o chá verde logo após as refeições, como fazemos com o cafezinho, pode prejudicar a absorção do ferro, pois ele contém uma quantidade baixa de taninos, como todo já, que se prende ao mineral dificultando sua absorção.
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Os estudiosos se dividem quanto à quantidade ideal de chá verde ao dia. Alguns comentam para se consumir entre três a quatro xícaras, outros para consumir até seis. Como a partir de 600 ml de ingestão diária começam alguns efeitos colaterais, o melhor é não ultrapassar essa quantidade, que equivale a quatro xícaras de chá por dia. A vantagem de seguir essa quantidade é reduzir um pouco a diurese excessiva provocada pela ingestão dessa bebida.
Riscos
Quando consumido em altas doses, o chá verde pode sim fazer mal. A grande quantidade de cafeína pode causar insônia, apesar dos efeitos calmantes do chá, e também levar à gastrite, por aumentar a secreção gástrica.
Ultrapassar a ingestão recomendada de 600 ml também pode reduzir a absorção de diversos nutrientes, como o ferro e cálcio, sendo que a ausência do último é perigosa para mulheres na menopausa. Por isso, mesmo consumindo apenas essa quantidade, é muito importante não tomar o chá verde durante as refeições.
Contraindicações
Gestantes devem evitar tomar o chá verde, pois ele pode reduzir o fluxo da sangue para a placeta, dificultando o desenvolvimento do feto.
Pessoas com hipertireoidismo também devem evitar o chá, já que elas estão mais propensas à aceleração do metabolismo, devido a maior produção de hormônios da tireoide. Também é contraindicado a hipertensos, pessoas com glaucoma e irritações gástricas.
O chá verde também pode ter interações medicamentosas com remédios que estimulam o sistema nervoso simpático, portanto ele não é indicado para quem os ingere. Vale consultar seu médico antes de começar a tomar.
Como consumir o chá verde
O chá verde pode ser encontrado em pó, saquinhos e até mesmo cápsulas. Mas nenhuma dessas versões preserva os nutrientes originais e mais importantes do chá como as folhas da erva, que deve ser preparada em forma de infusão.
Mas é preciso tomar alguns cuidados ao preparar seu chá verde em casa. Ao fazer a infusão é muito importante não deixar a água ferver. Coloque a água no fogo e espere formar as primeiras bolhas. Então, acrescente duas colheres de sopa na água, desligue o fogo e deixe por cinco a dez minutos, abafando. Para reduzir o efeito estimulante, experimente descartar essa primeira água e então repetir o processo.
Depois de pronto, ele deve ser conservado em um recipiente de vidro na geladeira ou em garrafa térmica, e suas propriedades permanecem intactas por apenas 24 horas.
Onde encontrar
Saiba mais
Conheça os benefícios dos chás
Veja os chás que ajudam na digestão
O chá verde pode ser encontrado em lojas de produtos naturais, supermercados e ervanários. Mas é preciso tomar muito cuidado com a procedência, principalmente se você for comprar a erva natural.
Receitas com chá verde
Suco verde energizante feito com o chá verde é uma forma de amenizar o gosto amargo
Quer começar a aproveitar o chá verde desde já? Se você não está com coragem de tomá-lo puro, devido ao sabor amargo e adstringente, experimente algumas receitas que melhoram o gosto e acrescentam ingredientes também muito nutritivos.
Receita de chá verde com maçã e hortelã
Suco verde energizante com chá verde
Vídeo: Receita de suco de limão, com chá verde e couve
Fontes consultadas
Nutricionista Juliet Marzalek, de Curitiba
Nutricionista Tânia Rodrigues, da RG Nutri Consultoria Nutricional, em São Paulo
Nutrólogo Roberto Navarro (CRM SP 78.392), membro da Sociedade Brasileira de Nutrologia (Abran)
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domingo, 2 de fevereiro de 2014
SIGNIFICADO DA PALAVRA OM
Desenvolvido por Ricardo Venturaricardo.ventura777@hotmail.com
O Significado do símbolo Om
Om é uma palavra muito bonita de uma sílaba. Na Kathopanishad é dito:
sarve veda yatpadamamananti tapamsi sarvani ca yadvadanti
yadicchanto brahmacarya caranti tatte padam sagrahena bravimyomityetat
Os Vedas falam sobre aquele objetivo: para conhecê-lo as pessoas entregam-se a uma vida de estudo e disciplina. Aquele, eu lhes direi resumidamente. Aquele é Om." Então, desejando isto, as pessoas entregam-se a uma vida estudiosa, contemplativa e disciplinada, sacrificando muito. E o que é isto? Om. Você não pode ser mais sucinto.
Significado lingüístico
Em sânscrito, o significado de Om é avati ou rakshati. Rakshati significa "aquilo que protege, sustenta". Portanto, aquilo que sustenta tudo é Om e o que sustenta tudo é o que nós podemos ver como a ordem. Podemos ir mais adiante; esta ordem é a realidade de tudo. A própria ordem é uma realidade. E então, a essência da própria ordem é Om. Isto significa que Om é o nome do Senhor que permeia o seu ser, que preserva tudo no mundo na forma de niyati, a forma da ordem que sustenta. Vamos ver como.
Quando dizemos que a ordem está por trás de tudo, isto não quer dizer "atrás" de alguma coisa que está aqui. É a própria coisa. Isto é um copo. O que o faz um copo? Qual é o material do copo? Por que ele aparece nessa forma particular? Por que ele não tem outra forma? Por que este material, aço inoxidável não enferruja? Por que outro aço enferruja - aquele que é ferro-gusa? Isto tudo é ordem e esta forma é conservada pela ordem. É a ordem que faz uma coisa como ela é. O fato de cadeira ser cadeira é por causa da ordem. Tudo que está aqui é permeado por esta ordem. Esta ordem é Íshvara.
O que você vê é o objeto e o fato de você poder ver é a ordem. No próprio objeto há ordem, por isso você não está buscando "atrás" do objeto para encontrar a ordem. Hoje isto é copo de aço, amanhã você poderá chamá-lo um copo de aço, portanto isso está em ordem. Se amanhã não for copo de aço, ainda assim estará em ordem. Isto também é visto. Hoje vemos a forma de uma flor, amanhã nós descobriremos que a flor se foi e há um fruto, isto também é ordem. Ordem significa a maneira como as coisas são como são. Tudo o que existe é mantido pela ordem chamada niyati. Este niyati é Ishvara, o Senhor.
sarvam omkarah eva yadbhutam yadbhavishyatam
"O que aconteceu antes, o que existe agora e o que existirá mais tarde - tudo isso é Om".
O ensinamento aqui é conectar aquele significado a esta palavra. Se o significado está em minha cabeça, quando levo esta visão para você, há então a transação total ou comunicação. Isto é ensinamento.
Uma palavra ou objeto, abhidhanam e seu significado abhidheyam são uma única e mesma coisa.
Quando eu peço a você para trazer um pote, você não escreve "P - O - T - E" e traz para mim. O nome e o objeto são idênticos, no sentido de que você não pode pensar na palavra sem pensar no significado. Se você não conhece o significado, então não é uma palavra - ela torna-se somente um grupo de sons. Um vez que você saiba que para este grupo de sons existe este significado, então, sem pensar no significado, você não consegue pensar na palavra.
Assim, Om é um nome do Senhor e o que Ele significa, a verdade do Senhor. Om não é, como se diz, o som primordial. Isto é uma tolice. Om é o nome do Senhor que é tudo. Quando eu digo a palavra Om, você vê o significado.
Significado vêdico do Om
Om é também usado como um símbolo (pratika em sânscrito) para tudo, o universo inteiro, porque Om sustenta tudo. O universo inteiro significa não somente o universo físico, mas também a experiência dele. Este é o significado que os Vedas depositam neste símbolo.
Sendo uma tradição oral, os Vedas explicam Om como feito de três partes. São partes fonéticas deste som Om e cada uma dessas partes carrega um certo significado. Isto é chamado superimposição, adhyasa. Você superimpõe um significado sobre estes sons.
No OM, há "A", há "U", há "M". "A" é uma vogal, "U" é uma vogal, "M" é a consoante. Então este "A" mais "U" mais "M" juntos tornam-se "OM". "A" mais "U" tornam-se "O", um ditongo. Se você percebe como "A" e "U" são pronunciados, como uma combinação no sthana, o local de onde o som vem, então você verá que "A" mais "U" só pode ser "O". E com "M" no final, ele se torna "OM".
O vocábulo "A" representa todo o mundo físico de sua experiência. O experienciador, a experiência e o experienciado, todos três são cobertos pelo som "A". Quando você está acordado você está ciente de seu corpo físico e deste mundo físico - conhecido e desconhecido. Você está também ciente da experiência do mundo físico. Ao mesmo tempo você está ciente do experimentador - que é você. Todos estes três dos quais você está ciente são "A".
O vocábulo "U" é o mundo de pensamento que é distintamente experienciado como diferente do mundo físico. Um mundo de pensamento, que é distintamente experienciado, como seu sonho, como sua imaginação e como abstrato ou sutil, sukshma, é representado por "U". O mundo de pensamento, o objeto do mundo de pensamento e sua experiência são o significado do som "U".
Em seguida há "M". Ele representa a experiência que você tem no sono profundo, a condição não manifesta. O que existiu antes e depois da criação é o significado do som "M".
Então, aquele que dorme e a experiência do sono, o sonhador e a experiência do sonho, o acordado e a experiência do acordado, todos estes três constituem o que nós chamamos como tudo o que existe. Todos estes três juntos representam Om. Om é completo:
vidim aviditam sarvam oàkarah
Nós vimos que o que existiu antes, o que existe agora e o que existirá mais tarde, tudo é OM. Igualmente, tudo que é desconhecido, o que é experienciado, a experiência e o experienciador é também OM. Isto é o Senhor, Bhagavan ou Ishvara.
Significado não lingüístico do Om
Todo o jagat, o mundo manifestado, é visto como um, mas nós podemos dizer, diversamente, que ele tem muitas formas. Você pode olhar cada uma delas como uma coisa, mas se você olhá-las diferentemente, descobrirá que é uma combinação de outras coisas. Cada uma tem uma forma, para a qual damos um nome.
Mesmo este corpo físico é um, mas diversamente, ele tem variadas formas. Nós temos duas mãos, duas pernas e em cada parte há muitas células. As células são diferentes também. Se nós tomamos as células, há muitos tipos delas: células do fígado, células do cérebro, etc. Além disso há componentes da célula, DNA, etc.
Portanto, você descobre que vai continuamente usando novas palavras porque há diferentes formas dentro de cada forma. Todos os nomes e formas não estão separados do Senhor. Mas, eu desejo dar um nome para o Senhor; assim, eu posso relacionar-me com Ele ou ver seu significado e então comunicar-me com Ele.
Então, que nome eu deveria dar - um nome que incluísse todas as formas? Quando eu digo "pote", não é "cadeira", não é "mesa", não é "árvore", nem "tapete"; "pote" é somente pote. Mas o Senhor é pote, cadeira, mesa, tapete .... tudo, Então o que eu devo fazer? Nós temos que recitar o dicionário inteiro!
Mas isto não é suficiente. Você tem que fazê-lo em cada idioma! Cada idioma, cada dialeto, tem seus próprios nomes e formas. Há uma quantidade de objetos no mundo que não são ainda conhecidos e nós continuamos inventando novos fatos para os quais nós descobrimos novos nomes.
Quando você vai ao idioma sânscrito há um outro problema. O dicionário é uma apologia ao idioma sânscrito. Dicionário no idioma sânscrito não é em absoluto um dicionário, porque o idioma sânscrito é cheio de palavras compostas e você pode fazer palavras compostas o tempo todo e quando você faz uma composição, ela é uma palavra que é válida mas não está no dicionário. Então, em sânscrito não pode haver um dicionário completo e abrangente. As possibilidades das palavras são infinitas.
Lingüisticamente, dar um nome ao Senhor - que é todos os nomes e formas - é uma tarefa impossível. Portanto, nós abandonamos os idiomas . Assim, nós temos outra explicação para o OM, que não é lingüística. Não olhe para ele como uma palavra. Olhe para ele como algo que é puramente fonético.
Todos os nomes são somente palavras. Todas as palavras são somente letras e todas as letras são somente sons. Letras e alfabeto também diferem. Em inglês você tem de "A" a "Z"; em latim começa com "Alpha" e termina com "Omega"; em Sânscrito ele vai do "A" ao "H".
Descobrimos que as letras são específicas para cada idioma. Portanto, vamos além das letras onde todas as particularidades dos idiomas são ultrapassadas.
Além das letras, um nome se torna um grupo de sons. O francês, o árabe, o membro de uma tribo africana, um erudito em sânscrito ou um brahmin de Boston, todos emitem alguns sons.
Especificamente, quando não conheço a língua escuto somente sons. Em cada idioma, certos sons se repetem, o que constitui a característica única daquele idioma. Mas, se um francês ou um indiano ou qualquer pessoa abrisse a sua boca para fazer um som, o que seria?
Quando você abre sua boca e faz um som, o som que é produzido é A. Se você fecha sua boca e faz um som, esse som é M. Você não produz nenhum outro som posteriormente. Todos os outros sons estão entre os sons A e M, sejam eles consoantes ou vogais. Entretanto, há um som que pode representar todos os outros sons, no sentido de completar todos os sons, você o faz arredondando seus lábios. Ele é U. Agora posso combinar esses três sons que representam todos os sons: A + U + M e fazer uma única palavra que se tornará Om, o nome do Senhor. Uma vez que você diz Om, você diz tudo.
Quando você conhece o significado, Om torna-se o nome do Senhor para você. Então você pode chamá-lo, invocá-lo e orar para Ele. É por isto que muitas preces, cânticos e mantras começam com Om.
Publicado originalmente na edição de março/abril de 1999 do Informativo Vidya Mandir, do Vidyamandir - Centro de Estudos de Vedanta e Sânscrito, Rio de Janeiro, e digitado por Cristiano Bezerr
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