terça-feira, 18 de setembro de 2012

DIABETES MELITTUS TIPO2

Definição Defeito na ação e na secreção da insulina. Etiologia O diabetes mellitus tipo 2 (DM2) é a forma mais comum de diabetes (90% dos casos). Geralmente diagnosticado após os 40 anos, mas pode se desenvolver a qualquer idade. A maioria dos pacientes com essa forma de DM apresenta sobrepeso ou obesidade. Clínica Os sintomas mais freqüentes são: sede excessiva; fome exagerada (especialmente após as refei­ções); boca seca; náuseas e vômitos; poliúria; cansaço e fraqueza importantes; visão borrada; adormecimento ou formigamento dos pés ou mãos; dificuldade de cicatrização; impotência sexual; infecções freqüentes da urina, pele ou vagi­na (candidíase vaginal). Porém, em 50% dos casos, os pacientes são assintomáticos, ou apresentam complicações diabéticas (retinopatia, neuropatia, nefropatia, cardiovasculares). Diagnóstico confirmado por glicemia de jejum ≥ 126 mg/dl. Diagnóstico Os critérios de diagnóstico de diabetes mellitus são: Sintomas de poliúria, polidipsia e perda ponderal inexplicada acrescidos de glicemia casual acima de 200 mg/dl (glicemia reali­zada a qualquer hora do dia, independente­mente do horário das refeições). Glicemia de jejum ≥ 126 mg/dl (7 mmol/l). Em caso de pequenas elevações da glicemia, o diagnóstico deve ser confirmado pela re­petição do teste em outro dia. Glicemia de 2 horas pós-sobrecarga de 75 g de glicose acima de 200 mg/dl. jejum TOTG casual Glicemia normal < 100 mg/dl < 140 mg/dl Tolerância a glicose diminuída 100 – 125 mg/dl 140 – 199 mg/dl Diabetes mellitus ≥ 126 mg/dl (em 2 medidas) ≥ 200 mg/dl ≥ 200 mg/dl (com sintomas clássicos) TOTG: teste oral de tolerância à glicose (2h após ingestão de 75 g de glicose). Jejum: falta de ingestão calórica por no mínimo 8 horas. Observação: o diagnóstico de diabetes deve ser feito com dosagem plasmática, mais precisa do que as fitas reagentes. Controle Glicemia. HbA1c (hemoglobina glicada): reflete a glicemia média de um indivíduo durante os dois a três meses anteriores ao teste. Duas vezes por ano em todos os diabéticos e 4 vezes em caso de mudança de tratamento. Anual: exame oftalmológico, neurológico, cardiovascular. Correlação entre HbA1c e glicemia. 5% 100 mg/dl 9% 240 mg/dl 6% 135 mg/dl 10% 275 mg/dl 7% 170 mg/dl 11% 310 mg/dl 8% 205 mg/dl 12% 345 mg/dl Tratamento O tratamento deve considerar idade, peso, resultados das glicemias e hemoglobina glicada, eventuais complicações existentes, comorbidades e contra-indicações. Dieta + exercícios Dieta de restrição em caso de obesidade ou sobrepeso (diminuir de 500 a 1000 kcal/dia o consumo energético total, ou utilizar 20 kcal a 25 kcal/kg peso atual/dia). Promover atividade física adaptada e regular, após teste de esforço. Exercícios aeróbicos e de resistência de 3 a 5 x/semana. Total: 150 mi-nutos/ semana. Farmacologia A regra geral, em um diabetes iniciante, é começar o tratamento com medicamentos que melhoram a ação da insulina, e, em segunda fase, medicamentos que aumentam a secreção de insulina. Na terceira fase, após anos de evolução é preciso associar insulina aos agentes orais. 1. DM2 oligossintomático + obesidade/sobre-peso + glicemia < 270 mg/dl. Iniciar com medicamentos que melhoram a utilização da insulina, como metformina 500 mg 2 x/dia (após almoço e jantar). Após uma semana, se não tiver efeitos gastrintestinais (diarréia, flatulência), aumentar dosagem até 2.550 mg/dia no máximo. Caso o controle não seja obtido, usar glitazonas (1 x/dia): Rosiglitazona: 4 mg/dia (máx. 8 mg/dia). Pioglitazona: 8 mg/dia (máx. 45 mg/dia). Observação: aumentar dosagem somente após intervalo de 8 a 12 semanas. Caso o controle não seja obtido, adicionar sulfoniluréia de segunda geração ou insulina NPH ao deitar. 2. DM2 oligossintomático + magro + glicemia < 270 mg/dl. Iniciar com medicamentos que aumentam a secreção de insulina, como sulfoniluréia de se­gunda geração (1 a 2 x/dia): Glibenclamida: 5 mg/dia. Glimepirida: 2 mg/dia. Glipizida: 5 mg/dia. Glicazida: 30 mg/dia. Aumentar dosagem se necessário após 2 sema­nas. Pode-se associar acarbose (3 x/dia), que retarda a absorção da glicose. Caso o controle não seja obtido, usar glitazo­nas ou metformina.

3 comentários:

CARLOS JACQUES disse...

SEMPRE QUE ESTIVER COM DIABETES ALTA
PROCURAR COM URGENCIA UM MEDICO DO PRONTO SOCORRO COM URGENCIA!SEMPRE!

CARLOS JACQUES disse...

FAZER CONTROLE DE DIABETES COM UM PROFISSIONAL DA AREA.(ubs uNICADE BASICA DE SAUDE) EM SUA CIDADE.

CARLOS JACQUES disse...

DIABETES GTEM CONTROLE COM ACOMPANHAMENTO PROFISSIONAL DE SAUDE.