sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

VENCER O CALOR COM AR CONDIONADO EXIGE CUIDADOS.

Em um dos verões mais quentes da história, o ar condicionado tem sido o principal aliado daqueles que buscam driblar o calor, sobretudo, na hora de dormir. Se durante o dia tem sido complicado suportar as altas temperaturas, o mais difícil mesmo é conseguir ter uma boa noite de sono com os termômetros marcando 30 graus ou até mais depois das 19 ou 20 horas. Para aqueles que não contam com o equipamento, é necessário dar um "jeitinho". E é o que muitos têm feito. Uma pesquisa feita por A Tribuna On-Line mostra como as pessoas usam a criatividade para evitar uma noite mal dormida. "Antes de comprar ar para a casa toda nós chegávamos a nos enrolar em toalhas molhadas pra tentar dormir. Era o apocalipse", disse Andreia Lamaison. Claudia Mossa aposta na brisa da própria natureza "Dormir com a janela aberta e esquecer que existem mosquitos, mariposas, morcegos e receber a brisa que vem do mar juntamente com uma garrafa de água gelada com limão sem açúcar pra não suar", afirmou. Luci Correa Tomo não consegue vencer plenamente o calor, mas usa de artifícios para amenizá-lo. "Tomo um banho frio antes de dormir, e durmo sobre um colchonete no chão com o ventilador ligado no cômodo que estiver menos quente. É desconfortável e durmo bem pouco, mas é o único jeito". Muitos chegam a dizer que "rezar" é a única opção. Outros brincam que a única opção é "fazer a dança da chuva". E mesmo aqueles que possuem ar condicionado, se sentem incomodados com as consequências que a máquina pode gerar na saúde. "Durmo no ar, porém ao amanhacer estamos todos com rinite e tossindo. Ainda assim, é melhor do que dormir só com ventilador", mencionou Rafael Costa. Esse é o problema. Apesar do ar condicionado ser, aparentemente, a melhor opção para se refrescar, é preciso ter cuidado e atenção aos males que ele pode causar à saúde. Um dos principais alertas feito pelo infectologista Marcos Caseiro refere-se à limpeza do aparelho. "A limpeza, sobretudo, do filtro, deve ser feita periodicamente. Se o uso for continuado, o ideal é a cada 15 dias, pois o ar pode agregar uma bactéria grave, a legionella, que muitas vezes se multiplica e pode causar casos graves de pneumonia", orientou o especialista. Outra questão levantada por Caseiro é o ressecamento das vias respiratórias superiores provocado pelo equipamento. "Colocar um bade de água ou toalha molhada no ambiente pode ajudar a garantir a umidade relativa do ar. Também é importante manter a hidratação. Existem, por exemplo, trabalhos que indicam maior incidência de cálculo renal, já que permanecem muito tempo no ar-condicionado". A mudança brusca de temperatura também foi mencionada pelo médico. "Essa mudança do quente para o frio diminui a imunidade da mucosa e gera, mais frequentemente, quadros de resfriado comum, ronquidão, lacrimejamento".

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